A gente nunca acha que vai ser amor. E acaba sendo. Nunca imaginamos que doeria. E doeu. Nunca teríamos a certeza que seriamos tão idiotas. E acabamos assinando embaixo.
Promessas escritas viram memórias abandonadas num piscar de olhos.
As pessoas andam muito preocupadas com toda essa vaidade de mostrar o que tem por fora, porque sabem muito bem que se fossem mostrar o que tem por dentro, não impressionariam ninguém.
Ao ver uma pessoa triste, nunca sei se ela tem motivos, ou se apenas pensa demais. O simples ato de pensar em excesso te leva à uma discordância infinita com a realidade, quem muito pensa enxerga o mundo sem enfeite, sem maquiagem. Grandes pensadores carregam dores maiores do que conseguem descrever.
A gente não sofre pelo que se foi, mas pelo que fica. A gente sofre por aquela lembrança do que foi bom, a gente sofre por sentir um cheiro e saber que aquilo pertence a alguém que você ama ou amou tanto. A gente sofre pela parte que além de tomar sua mente, tomou posse do seu coração. A gente se sente feliz por ver aquele sorriso, mesmo a um oceano de distância e sofre por perceber aos poucos que a sua presença não é tão importante na vida de outrem. A gente se sente feliz em ver aquele alguém realizado, e sofre por que aquele final de semana você ficou sozinho, e ele com dezenas de pessoas ao seu redor. Podem até dizer que você é ciumento ou egoísta, que seja. Você ouve um nome, sente saudade, vontade de ter por perto, mas a outra pessoa escolheu outro caminho e talvez aquele caminho, ela não te encontre mais. A gente sofre por se sentir um nada, para quem é tudo para você. Deveria existir um oitavo pecado mortal: Não abandonais aqueles que vos ama. Tá certo, estar distante não significa esquecer, mas deveria significar mais atenção. Pela primeira vez, você se sente pronto para a dor. E se amar aquele alguém for um crime, você aceita a sua sentença. Talvez amar seja isso: perdoar uma pessoa, sabendo que ela ainda irá errar um milhão de vezes.